Falar sobre marcas que usam peles verdadeiras de animais para a confecção de roupas e acessórios, que cosméticos realizam testes em animais e grandes fábricas utilizam mão de obra barata e escrava de menores vai ser sempre um assunto polêmico.

Infelizmente são realidades sofridas por muitas crianças e animais, mas eu, que tenho consciencia disso, procuro sempre optar pelas marcar que se dizem "cruelty free" em diversos aspectos.

A lista de marcas livres de crueldade (através da análise da composição dos produtos) é imensa e pode ser verificada no site do PEA, mas no mês passado uma notícia me impressionou e me deixou muito feliz foi que Giorgio Armani não usará mais peles naturais em suas marcas.

O estilista italiano comentou sobre o prazer de anunciar que o grupo Armani está comprometido em abolir o uso de peles de suas coleções e que o progresso tecnológico agora  permite utilizar alternativas que evitam as práticas cruéis com animais.

A Armani, famosa pelas peças com pele usadas principalmente nas linhas Giorgio Armani e na de couture Armani Privé, é uma das poucas marcas de luxo até o momento que decidiram banir de vez as peles. Para pôr o projeto em prática, a Armani trabalhou com a ONG “Fur Free Alliance”, que visa erradicar o comércio de peles no mundo. “O anúncio da Armani torna claro que marcas e consumidores podem ter liberdade criativa sem precisar de crueldade com os animais”, disse o CEO da ONG, Jon Vinding.

Mas Giorgio não foi o primeiro. A estilista Stella McCartney há tempos não usa couros naturais em suas roupas e acessórios, preferindo alternativas feitas com tecnologias caras e ecologicamente responsáveis, muitas desenvolvidas pela própria marca.

Todos sabem que a relação entre a indústria da moda e as organizações de proteção aos animais nunca foi das melhores, mas a minha torcida é para que a decisão de Armani inspire outros estilistas a tomarem o mesmo caminho.

Além disso, pelo 6º ano consecutivo, Armani está repetindo o seu compromisso com o programa de desenvolvimento Acqua for Life junto com a Cruz Verde Internacional, uma iniciativa mundial que, desde 2011, já deu a mais de 100 comunidades em diversos países acesso à água potável, com mais de 880 milhões de litros de água fornecidos. Em 2016, seis novos projetos serão iniciados, inclusive no Brasil.

Acqua for Life é um projeto que não se limita ao fornecimento ou à recuperação de pontos de água. É um programa abrangente que foca também na melhoria significativa das condições de saúde pública. Para assegurar a sustentabilidade do projeto, a Cruz Verde Internacional realiza campanhas de conscientização sobre questões locais ligadas à água e à higiene, especialmente em escolas, para que as crianças estejam conscientes de ações simples como lavar as mãos com sabão para evitar a proliferação de germes. Além dos pontos de água, a Cruz Verde Internacional constrói banheiros e lavatórios para proporcionar meios de higiene e proteger o meio-ambiente. Finalmente, a sustentabilidade do projeto envolve também o treinamento de adultos no uso e na manutenção corretos da infraestrutura.

Para o primeiro projeto de Acqua for Life no Brasil, a Cruz Verde trabalhará em um subdistrito de Mariana, que ainda sofre as consequências catastróficas da ruptura da represa de Bento Rodrigues na qual 60 milhões de metros cúbicos de resíduos de ferro foram despejados no Rio Doce na tragédia que ocorrei em novembro de 2015.

Os esforços se concentrarão no fornecimento, tratamento e armazenagem segura de água para uso por estudantes (20 sistemas de coleta de água de chuva). A Cruz Verde Brasil e seus parceiros também se engajarão com as comunidades através de oficinas de treinamento para professores (cerca de 40 no total) sobre a manutenção dos sistemas de água, além de práticas seguras e sustentáveis ligadas à água. No final do ano, uma segunda iniciativa será lançada em uma região desfavorecida do Brasil.

Se tudo ocorrer conforme o planejado vai ser maravilhoso!

Por mais pessoas com o coração bom no mundo. ♥