Compulsão alimentar: entenda
fevereiro 07, 2017
Olá gente linda,
Iniciamos essa parceria com o Blog Pistache falando com vocês de um tema muito presente pra nós e muito pouco falado. E infelizmente, cada vez mais comuns em pessoas de todas as idades, mais especialmente em mulheres, cada vez mais jovens. Em muitos casos, essas alterações no comportamento alimentar estão relacionadas à preocupação com boa forma e peso corporal. Existem vários tipos de transtornos alimentares, mas hoje iremos falar sobre a compulsão alimentar.
Primeira coisa que gostaríamos que vocês soubessem: Compulsão alimentar, ao contrário do que se pensa, nem sempre está relacionada com ganho de peso ou complicações físicas. Isso significa que muitas magrinhas secretamente vivem no seu dia-a-dia a angústia da compulsão, e pelo fato de não haver o sobrepeso tão incomodo, não se sentem doentes e não buscam ajuda, o que é um problema. Segunda questão muito importante: Ela pode se configurar um transtorno ou pode ser um sintoma de alguma outra alteração biofísica ou psicológica.
É importante entender que transtornos alimentares podem se desencadear por diversos motivos, e muito deles, tem a ver com fatores psicológicos. Por exemplo, na fase de amamentação, se a criança se sentir não alimentada, tiver um desmame precoce e não existir um vínculo mãe e filho, isso pode desencadear um sentimento de vazio e isso pode ser compensado com episódios de compulsão alimentar na fase adulta.
A compulsão alimentar é caracterizada por comer, em pouco tempo, de modo exagerado e descontrolado, uma grande quantidade de comida. Quando o individuo come compulsivamente, pode estar buscando um prazer imediato, que se torna incontrolável, já que pode estar procurando um alívio, por exemplo, da ansiedade ou solidão.
A compulsão alimentar é uma tentativa de atender uma série de estados emocionais e estressantes e, geralmente, acontece às escondidas e é acompanhada de sentimentos de vergonha. As pessoas compulsivas comem uma grande quantidade de alimentos, apressadamente e sem sentir o gosto das coisas, tem uma sensação de perda de controle do próprio comportamento e, muita das vezes, pode se punir e se sentir culpada por conta disso.
É bacana também dizer que pra se configurar compulsão, é preciso que o comer compulsivo seja um padrão recorrente, ou seja, acontecer com frequência e estar associado à perda de controle. Esses pacientes relatam que se servem a primeira vez, repetem e repetem, pois não conseguem parar de comer. Apesar da sensação de “estar cheio”, muitos continuam comendo até vomitar, porque o estômago não suporta a enorme quantidade de alimento ingerido.
Para ajudar vocês a entender como funciona nosso corpo, que é um conjunto inteiro sem divisão entre o corpo e a mente, quero utilizar a palavra chave que nos define: Equilíbrio.
Sem nos darmos conta, estamos o tempo todo em busca de equilibro. Seja o nosso cérebro trabalhando pra manter nosso corpo vivo, seja o mesmo cérebro trabalhando em função de estabilidade emocional. Então pensar em compulsão é pensar em desequilíbrio. Pode ser que algo esteja faltando e sem perceber se vai tentando compensar comendo, porque se alimentar está na maioria das vezes relacionada a prazer, satisfação, recompensa e bem estar. Nesse ciclo vicioso de compensação, pode-se ir perdendo o controle e daí surge a compulsão.
Por isso, se você perceber que não está sabendo ou conseguindo lidar com o fato de começar e parar uma refeição, ou sente essa dificuldade de se controlar diante da comida, se isso tem gerado angústia ou atrapalhado o dia-a-dia, é hora de fazer uma auto avaliação de como está a vida e bater um papinho com o mundo interior. É bom estar muito atenta aos próprios movimentos emocionais, porque boa parte das pessoas não tem consciência da gravidade do problema ou tem uma vaga idéia de que algo não vai bem, mas não conseguem perceber com clareza a necessidade e a hora de buscar ajuda.
Então é importante o diálogo com o próprio corpo, por exemplo, procure perceber qual seu padrão alimentar, se você está atenta durante o momento em que está comendo, sente o sabor, consegue parar ou só quando o que está diante de você acabar, se tem algum alimento específico que gera descontrole... Quanto ao mundo interior, algumas questões precisam ser reavaliadas. Como está a vida? Estou satisfeita? Feliz? Algumas emoções estão comumente ligadas à compulsão, como por exemplo, ansiedade, insatisfação, baixa auto-estima, falta de produtividade, perdas ou luto, excesso de auto cobrança ou perfeccionismo, etc.
O tratamento pra compulsão alimentar depende muito do estágio e das particularidades de cada caso, mas em geral, pode ser feito com a ajuda da psicoterapia, nutricionista e em alguns casos, com intervenção medicamentosa.
Então meninas, se alimentar é um ato de amor ao próprio corpo, mas, sobretudo é um ato de responsabilidade com a própria vida.
Vamos conversar?
1 comentários
Adorei o post e achei muito importante ter abordado sobre isso. Já observei alguns equívocos que pratico aqui. Bjocas.
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