A caminho do deserto: Canyons California #4

fevereiro 26, 2018

Heeeey, seguimos com a série da road trip! Se você não acompanhou os posts anteriores, corre lá para dar uma olhada nas dicas de L.A e San Diego. Agora sim, finalmente, chegamos ao deserto.

Deixamos San Diego no dia 10 com gosto de quero mais, sinto que subestimamos San Diego. Pegamos a estrada para uma longa viagem até Vegas. A mudança de paisagem no caminho chama atenção, curioso é que nosso primeiro contato com o deserto foi uma tempestade em que quase paramos na estrada de tanta chuva. 

Nossa primeira estadia em Las Vegas foi de apenas um dia e ficamos no Circus Circus. Como nós passaríamos outra vez com mais tempo por Vegas na volta decidimos tirar o dia para ir ao Outlet (lembre-se, o North Premium Outlets é aberto, com o calor de 45° pode não ser uma boa, o South é fechado). Jantamos pela primeira vez no famoso Cheesecake Factory do The Forum, onde eu esperava uma deliciosa sobremesa, mas o prato principal é tão caprichado que não dava pra pedir mais nada!

  Rumo ao Grand Canyon


No dia 11 era o momento de viajar de novo, percorremos o deserto rumo à pequena cidade de Williams. Para quem não conseguir se hospedar em Tusayan, cidade mais próxima do South Rim do Grand Canyon, Williams é uma boa pedida. Ficamos no Knights Inn, hotel bem pequeno mas ajeitadinho e novo. Na esquina temos um McDonald’s, um KFC e um Pizza Hut, então só pode ser bem localizado! 

Sou apaixonada por essas cidadezinhas pequenas.
De Williams para o Grand Canyon temos um trem como opção, mas preferimos ir de carro. Se você não vai fazer nenhuma das trilhas malucas e descer rumo ao rio Colorado o South Rim é dividido em duas partes: Grand Canyon Village com a Hermit Road e a Desert View Drive. A Hermit Road só fica aberta para carros no inverno, de resto só é acessível de shuttle. Já a Desert View é aberta o ano todo e também mais longa. 

Para quem está meio perdido em relação ao que visitar no Grand Canyon eu explico porque escolhi o South Rim. Vi vários relato do West Rim, onde é possível fazer bate e volta pois é próximo a Las Vegas, mas as fotos não me pareceram tão atrativas e o Skywalk tem menos graça não podendo fotografar. O North Rim também tem suas belezas, mas me pareceu bem mais fora de rota e longe de cidades que poderiam ser base para a visita, além de menor quantidade de pontos para fotos.

No primeiro dia em Williams resolvemos dar um pulo na Desert View, já que nos recomendaram ir para o Grand Canyon Village bem cedo e já estávamos no final da tarde. O tempo estava um pouco nublado, mas só dava mais beleza ao pôr-do-sol. O frio de 16 graus contrastava com o calor insuportável de 45 graus do dia anterior em Vegas. Passamos por todos os pontos da Desert View até o Navajo Point com o sol já baixo e tiramos fotos maravilhosas. Na volta ainda passamos em Tusayan para uma pizza.




Na quarta-feira, dia 12, iríamos dar a volta, literalmente, no canyon. Era um dia programado para dirigir o tempo todo, um dia de loucura que foi programado pra ser uma aposta mesmo. Saímos de manhã do hotel, já entregamos a chave e fomos para o Grand Canyon Village. Já estávamos com o passe anual de parques dos Estados Unidos em mãos, já que iam ser duas visitas ao Grand Canyon e Yosemite e uma ao Zion (aguardem os próximos posts).



No Grand Canyon há um shuttle que roda apenas pela vila e outro pela Hermit Road e as filas são imensas. Há estacionamento próximo ao ponto do shuttle da Hermit Road, mas as vagas são limitadíssimas, é mais recomendado parar nos grandes estacionamentos do Visitor Center. Dali também sai um shuttle que vai ao Yaki Point, único ponto fechado a carros particulares da Desert View, mas achamos que era muito tempo para um ponto apenas. No visitor center fomos apenas ao Mather Point, que dá pra ir à pé e é muito bonito porque dá uma visão maior até do que 180°. Depois pegamos a interminável fila do shuttle da vila e a maior ainda da Hermit Road. 

A Hermit Road pode ser feita de bicicleta também, talvez a melhor opção. Ficar esperando o shuttle de ponto em ponto é cansativo e são poucos view points que dá pra ir à pé de um para o outro. O melhor na minha opinião é o The Abyss por ser o mais diferente, o nome diz tudo, você tem mais a impressão da altura do que da dimensão que é aquele canyon. Importante notar que poucos pontos tem parada na volta e todos tem na ida. No final há o Hermits Rest, que tem banheiros e um lanche bem fraquinho. 

A minha opinião sobre o Grand Canyon é que o importante mesmo é visitar a Desert View Drive. Pra mim são as vistas mais lindas e que permitem que você caminhe sobre as rochas e ache seu próprio ângulo. O melhor horário com certeza é o pôr-do-sol. A Hermit Road não recomendo já que tem opções melhores de vista, inclusive no próprio visitor center. Quem quiser ir recomendo escolher apenas uns dois pontos de parada ou ir de bicicleta (mas é ladeira, hein!) ou no inverno. Nesse dia pegamos filas imensas pro shuttle, calor de 40° e restaurantes lotados. Quem for pra região e tiver sede de trilha, aventura e camping recomendo pesquisar sobre Havasu Falls, infelizmente não pude ir mas as referências são sensacionais.


Saímos do Grand Canyon rumo a Monument Valley, a maior loucura que faríamos nesse dia. A viagem foi interminável, sinceramente acho que faltou um pouco mais de pesquisa antes de fazer isso. Eram 3 horas para chegar a um lugar que não era simples e organizado como os outros parques. Nos perdemos algumas vezes (as formações rochosas nos enganam às vezes), não havia muita informação e acabamos chegando a um ponto que renderia boas fotos se a ventania não levantasse tanta areia. O tempo estava fechado e a estrada era de terra, se viesse a chuva estaríamos ferrados com nosso sedan, demos meia volta e temos apenas essa foto incrível. Vocês não imaginam quanta terra eu comi só nesse segundo.


A ideia era irmos direto a Page para o MELHOR PÔR-DO-SOL DA MINHA VIDA no Horseshoe Bend que é o must see (e no caso, o que eu mais queria nessa viagem). Ai você me pergunta: Deu certo, Carol? ÓBVIO QUE NÃO!  Apesar de já termos atrasados na ida e a estrada para Page parecer mais longa ainda, arriscamos. Chegando lá, achei que seria apenas apreciar a paisagem, mas não, ainda tinha que subir ladeira e descer ladeira para chegar na beira do Colorado, já sem sol contemplamos o que apenas nossos olhos podiam ver, porque na foto já não aparecia nada. Pensei em enforcar meu namorado, mas optamos por descansar um pouco antes de sair dali já no escuro, seguindo algumas lanternas de quem estava mais à frente e fugindo de mosquitos e coiotes. Resumo: preciso voltar. Vou deixar aqui uma foto, infelizmente não minha, mas vocês precisam conhecer. 

Horseshoe Bend - Fonte
Comemos por Page e chegamos ao nosso destino final, Kanab, apenas na madrugada. Nos hospedamos no Travelodge da cidade. Para quem tiver mais tempo vale uma hospedagem em Page para usar como base para o Monument Valley (não que seja perto), Antelope Canyon, Horseshoe Bend e Glen Canyon Dam. Cuidado que no verão algumas áreas do Arizona não têm horário de verão, então ficarão no mesmo horário de Nevada e Califórnia, enquanto a área Navajo e Utah terão uma hora de diferença.
Confesso a vocês que meu namorado não lembrou disso quando planejou o roteiro e por isso eu não vi sol no Horseshoe Bend.  sigo amando 

Vamos às fotos ♡
Desert View Drive






Registros da minha alimentação saudável e adulta (de todos os dias).


Informações Importantes:
  • Hotel de Las Vegas: Circus Circus – Um hotel bem barato, sem grandes atrações, afastado da badalação da strip, porem interessante por ser uma lona gigante simulando um verdadeiro circo. 
  • Hotel de Williams: Knights Inn 
  • Hotel de Kanab: Travelodge
E nossa próxima parada: Zion!

Acompanhe todos os posts da viagem aqui: #CALIFORNIADREAMING
Quem quiser ver mais fotos, corre pro meu instagram: @carolsantoro_

Até a próxima ♡

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