Renner e a sustentabilidade
novembro 05, 2017
Surfando na mesma onda da C&A, agora a Renner anunciou o lançamento de 130 peças com matérias primas sustentáveis.
Desde setembro as lojas recebem produtos femininos, masculinos e infantis com tags explicativas indicando o uso de duas matérias-primas sustentáveis: o fio reciclado e o liocel.
O fio reciclado é a matéria-prima originada da reciclagem de material têxtil e/ou PET para a criação de um novo tecido. Segue o princípio de economia circular, em que os resíduos têxteis são desfibrados e recolocados no processo produtivo.
O liocel é uma fibra celulósica, de origem renovável, extraída da polpa de madeiras certificadas, adotando processos mais eficientes na utilização de recursos naturais e menos impactantes.
Segundo Vinicios Malfatti, gerente sênior de Sustentabilidade da Lojas Renner, "queremos informar cada vez mais aos clientes sobre o tema para incentivar o consumo de roupas que tenham apelo de moda, mas que sejam produzidas com componentes menos impactantes ao meio ambiente".
A iniciativa de desenvolver roupas com matérias-primas menos impactantes ao meio ambiente está ligada ao plano estratégico de sustentabilidade da Lojas Renner e envolve uma série de outras ações, como as cortinas dos provadores e as sacolas que serão substituídas por modelos fabricados com fio reciclado, reaproveitando resíduos têxteis gerados por fornecedores.
Além disso, a companhia está associada à Better Cotton Initiative (BCI), organização internacional que promove melhores práticas na produção de algodão, certificando as propriedades rurais e a cadeia de fornecimento nos requisitos de responsabilidade socioambiental. A previsão é de que este ano pelo menos 5% do total do algodão usado nas peças da Renner será certificado pela BCI. Em 2018, este número aumentará para 15%.
Você pode encontrar mais informações em: http://www.estilorenner.com.br/2017/11/renner-pecas-sustentaveis/
Assim como a C&A, a Renner está dando um passo a frente falando de consumo consciente com o público de fast fashion. E, pra ser honesta, acho ótimo por ser a segunda grande rede a tocar no assunto em um curto intervalo de tempo, e torço para que esse assunto seja abordado mais profundamento.
O único questionamento que faço é: já que eles estão dispostos à fazer roupas mais sustentáveis, por que não lançam todas as futuras coleções com as mesmas matérias primas em suas roupas? Tenho certeza que não é tão simples, já trabalhando com um processo de fast fashion todo esquematizado, mas por que não apresentar estimativas futuras sobre isso?
Esse é um dos motivos que tenho dúvida se essas grandes marcas de fast fashion continuarão com este discurso daqui há uns anos ou se só estão aderindo à moda e estando à frente do que mais se fala no momento.
Bom... esperamos que não seja só uma fase, não é mesmo?
BEIJOS
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